terça-feira, 20 de setembro de 2016

Gênero Textual - Panfleto

ANALISAR AS TRÊS DIMENSÕES DO GÊNERO.



.1) Domínio Discursivo:
        - Publicitário do tipo panfleto.

.A) Conteúdo:
- Tema: Estética Feminina.

.A1) Objeto:
        - A beleza Feminina.

.A2) Sentido:
- convencer as mulheres a se submeterem a um tratamento estético com a clara insinuação de que assim se tornarão mais belas.

.B) Estrutura:
- Apresenta uma linguagem verbal e não verbal muito apropriada para o gênero, descrevendo os procedimentos aplicados e indicando valores promocionais para pagamento à vista ou à prazo. Informa os números de telefone que deverão ser usados para contato.

.C) Componentes:
- a escolha lexical é também muito apropriada para atingir o objetivo que é o de atrair mulheres para um tratamento estético, onde descreve os tipos de tratamentos, os produtos utilizados e os preços promocionais cobrados para executá-los, uma vez que a promoção é “relâmpago”, ou seja, durará por tempo limitado. Fica muito claro quem é o público-alvo do panfleto.



Dulcinéia Ferrari – RA - C238FJ8
Letras 1º Semestre






Vídeo aula

Trabalho de Pratica de ensino.
Dulcinéia Ferrari RA C238FJ8
Leandro Soares RA C332283

Vídeo aulas.
Primeira videoaula: Tempos verbais.
Acessado no dia: 21/05.
Site: http://www.cursoonlinegratuito.org/2013/12/tempos-e-modos-verbais.html?m=0

Método: o método que foi utilizado nesta aula foi o dedutivo, que parte da compreensão de regras gerais para, então, compreender os casos específicos.
 
Conteúdo: Tempos verbais, conteúdo do ensino médio de língua portuguesa na área de gramática.

Enfoque (finalidade) do ensino: Domínio e compreensão dos tempos verbais.

Público alvo: Voltado para alunos que vão prestar vestibular e ENEM, ou que queiram retomar o assunto para melhor fixá-lo.


Segunda vídeo aula: Como cumprimentar as pessoas em inglês.

Acessado no dia: 21/05.

Site: https://ingleswinner.com/blog/como-cumprimentar-pessoas-em-ingles-aula-2/

Método: o método utilizado nesta aula é o método indutivo que é um tipo de raciocínio ou argumento que parte de uma premissa particular para atingir uma conclusão universal, ou seja, todos os falantes de língua inglesa se expressam daquela forma como está sendo apresentado no vídeo. É o processo pelo qual, dadas diversas particularidades e experiência pessoais, obtemos uma generalização.

Conteúdo: Escrita e pronúncia de saudações em inglês.

Enfoque (finalidade) do ensino: Tem como enfoque pessoas que estão iniciando o aprendizado na língua inglesa tanto na escrita quanto na pronúncia.

Público alvo: Pessoas que não têm condições de pagar um curso ou não têm tempo de frequentar uma instituição e iniciantes em estudos de uma segunda língua.

Terceira vídeo aula: Aula de número 5 - Leituras de cifras.

Acessado no dia: 21/05
Site: http://www.allansales.com.br/apresentacao-violao-popular/

Método: o método que foi utilizado nesta aula foi o dedutivo, que parte da compreensão de regras em geral para, então, compreender os casos específicos.

Conteúdo: Esta aula foi elaborada para pessoas que estão iniciando a aprendizagem em leitura de cifra, para tocar violão popular. O foco desta aula é como decifrar uma cifra, com indicações do que deve ser feito e como deve ser feito cada coisa.

Enfoque (finalidade) do ensino: O enfoque da aula é proporcionar a prática e o domínio da leitura de cifras, para que o aluno possa seguir o ritmo apresentado na cifra.

Público alvo: Iniciantes no aprendizado do violão popular.

Quarta vídeo aula: Ciência Política.
Acessado em: 21/05
Site: http://www.veduca.com.br/assistir/ciencia-politica


Método: o método utilizado nesta aula é o método indutivo, que é um tipo de raciocínio ou argumento que parte de uma premissa particular para atingir uma conclusão universal. É o processo pelo qual, dadas diversas particularidades e experiência pessoais, obtêm-se uma generalização.

Conteúdo:  Estas aulas têm por objetivo fazer com que o aluno compreenda, de uma forma mais ampla, assuntos políticos e tenha a compreensão de como ela acontece e se dá em sociedade.

Enfoque (finalidade) do ensino: o enfoque das aulas é mostrar ao aluno a estrutura e processos de governo, ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Abrangendo diversos campos, como filosofia, economia, geopolítica, administração, entre outros.

 Público alvo: Alunos de comunicação ou pessoas interessadas no assunto.

Lirismo na Rua - Parnasianismo - Literatura Brasileira

UNIP – Letras - Noturno
Trabalho de Literatura – Lirismo na Rua - Parnasianismo.
Dulcinéia Ferrari – RA C238FJ8


Quantas pessoas prestaram atenção neste aviso colado no lado externo deste viaduto? Quantas será que perceberam a intenção do autor do aviso ao sugerir que ali poderia existir um poema? E, ainda por cima, um poema do parnasianismo.
Andando pelas ruas da cidade, se prestarmos atenção veremos que cada estrutura do espaço urbano pode ser lida como texto, seja poesia, seja prosa. Seria possível imaginar a cidade como uma grande biblioteca? Provavelmente alguém responderia que na confusão concreta da cidade, a sua organização, ao contrário das bibliotecas, seria tarefa praticamente impossível devido à imensa variedade de gêneros e assuntos. 

O Teatro Municipal de São Paulo é outro exemplo de lirismo na rua. A forma do edifício se assemelha à de um poema parnasiano, que valoriza a beleza, os detalhes, a simetria, o vocabulário rebuscado e o resgate de temas clássicos. Com sua arquitetura ornamentada e imponente, desenhada por Ramos de Azevedo, o Municipal atraí olhares que muitas vezes o fitam tentando desvendá-lo. Por correspondência, abaixo, o poema “Olha-me!”, escrito por Olavo Bilac um dos maiores nomes do parnasianismo no Brasil. Assim como o poeta parnasiano, o arquiteto que projetou o teatro se baseia em uma métrica rigorosa com códigos pré-estabelecidos.

Enfim, percebemos claramente que basta um olhar mais crítico e curioso para associarmos ao lirismo os enredos, estilos, e personagens embrenhados no concreto dessa nossa selva de pedra.  




Olha-me!
Olavo Bilac
Olha-me! O teu olhar sereno e brando
Entra-me o peito, como um largo rio
De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando
O ermo de um bosque tenebroso e frio.

Fala-me! Em grupos doudejantes, quando
Falas, por noites cálidas de estio,
As estrelas acendem-se, radiando,
Altas, semeadas pelo céu sombrio.

Olha-me assim! Fala-me assim! De pranto
Agora, agora de ternura cheia,
Abre em chispas de fogo essa pupila...

E enquanto eu ardo em sua luz, enquanto
Em seu fulgor me abraso, uma sereia
Soluce e cante nessa voz tranquila!

Atividade de Letras Integradas - Modelo Social e Esquema Individual da Sociedade Atual Feminista.

Modelo Social e Esquema Individual da Sociedade Atual Feminista.


Modelo Social Atual: Feminismo.

A tirinha acima representa com humor, a posição da mulher numa sociedade machista. O deboche do homem e do menino sobre a mulher que diz gostar de cozinhar mas não gosta de fazer frituras. Será que a mulher vai para a academia depois de um dia exaustivo de trabalho porque deseja estar condicionada fisicamente, ou por que o padrão de beleza imposto pela sociedade exige que, além de cumprir longas jornadas de trabalho, ela tenha um corpo perfeito?
A mulher moderna corre atrás do que quer. Do emprego que quer, dos amigos que quer, da casa que quer. Mulheres modernas mudam de emprego, de padrão de vida, de casa, de horário de trabalho e são donas dos seus narizes.
Esquema Individual: Eu não quero ser Amélia.

DESABAFO - MULHER MODERNA

"São 6h...

O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede...
Estou tão cansada... não queria ter que trabalhar hoje...
Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando, até...
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas...
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem...
Se eu tivesse tempo... gostaria de fazer alongamento...
Brigadeiro...
Tudo menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher... queria saber
PORQUE ela fez isso conosco, que nascemos depois dela...
Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós... elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas
dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, frequentando saraus, ENFIM, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.

Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconsequentes com ideias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço"!!!
Que espaço, minha filha???
Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés.
Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, pra tudo!!! Que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz...
Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda. Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá,
porque naquela época não existia Bernard do vôlei.

PORQUE???..me digam PORQUE um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo!!!

Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar...
tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair
sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus!!!

E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações (ufffffffffffffffffff!!!!!!!). ..

Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles...
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?

CHEGAAAAAAA!!!... eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta
para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões
cheios de poesia, faça serenatas na minha janela... ai, meu Deus, já são 6:30,tenho que levantar!...,
e tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga
"meu bem, me traz um cafezinho, por favor?",
descobri que nasci para servir.

Vocês pensam que eu tô ironizando? To falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna....

Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?"

Formação Discursiva – Esquema Individual e Modelo Social.

Dulcinéia Ferrari – RA C238FJ8 – Letras 5º Semestre.

Formação Discursiva – Esquema Individual e Modelo Social.

“1,8 mil professores recebem gratificação para compensar violência diária dentro e fora de escolas”
Professores sofrem assaltos constantes no caminho para escolas, e ameaças de alunos armados dentro delas. O Município garante um extra de R$ 582,91 a quem trabalha em zonas perigosas. O Estado, nem isso. 

A marca de bala na parede já revela o cenário em uma escola de Fortaleza. Alunos assistem a aulas armados de revólver, disparam ameaças se expulsos de sala, “tocam o terror” quando são contrariados, seja dentro ou fora da instituição. Até no direito de ir e vir dos outros assegurado na Constituição Federal eles interferem. E, no meio disso tudo, estão os profissionais do ensino. A rotina de professor da rede pública tem sido uma luta constante contra o medo e a vontade de desistir da profissão. [...] Para completar o drama, os professores da rede estadual do Ceará não recebem a gratificação, até então exclusiva para os professores municipais. Eles se arriscam nas escolas e não são beneficiados com nenhum tipo de remuneração. Segundo a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), não há previsão legal para o recebimento do benefício. “Hoje, nós, professores temos que lidar com a violência dentro e fora da escola, não há lugar seguro. Entrego todos os dias minha vida nas mãos de Deus; porque, se até para a polícia a situação está difícil, imagine para o cidadão comum”.
Dois em um. 
Em uma só matéria foi possível encontrar um exemplo de cada modelo dos esquemas que definem uma maneira específica de habitar o mundo. De um lado, os professores que ocupam um espaço no esquema modelo social, e de outro, os alunos, que ocupam o outro espaço: o do esquema individual, ambos à partir da Formação Discursiva.
A formação discursiva, permeada pela noção de formação ideológica – perspectiva de mundo de uma determinada classe social -, estabelece o que pode e deve ser dito a partir de uma posição dada, em uma conjuntura dada. Em decorrência à nova forma de concepção de processo discursivo, a noção de sujeito da enunciação, por sua vez, sofre alteração. Visto que esse sujeito exerce vários papéis em diferentes espaços discursivos, ele apresenta-se dividido e heterogêneo.
O processo discursivo é construído pela relação de conflitos (ou não) travados na disputa de espaço das diferentes formações discursivas. Em consequência, o sujeito é definido pelo lugar de onde fala, pelo espaço de representação social que ocupa no desempenhar de seus vários papéis, revelando, portanto, a sua posição ideológica.

Corpos Pintados - Atividade de Letras Integradas - Construção e Reconstrução do Objeto do Discurso

Atividade de Letras Integradas.

Andrea Vasconcelos de Oliveira RA C270EA8
Dulcinéia Ferrari Ra C238FJ8
Jacqueline Sayuri RA
Leandro Soares RA
Vilmar de Andrade Xavier RA T 702461
Corpos pintados
Walcyr Carrasco

Ando pensando em fazer uma tatuagem. Juro. Vestir somente a pele com que nasci parece ter se tornado fora de moda. Já estive diante de fotos de tattos  em várias ocasiões, pensando em qual poderia ser a minha. As pessoas têm cada vez mais desenhos estampados no corpo. Às vezes acho exagero. O namorado de uma amiga minha tem tanta tatuagem que é de espantar.  Até onde pude ver – ou seja, na piscina, de sunga -, seu corpo é inteiramente coberto por arabescos. Menos o rosto. Acredito que umas partes mais sensíveis também se salvaram. Será? São dragões, sóis, luas, âncoras, símbolos tribais, letras exóticas. Ele parece um tapete persa! Com um agravante: como é peludo, os dragões têm peruca e a cauda da serpente é enfeitada com tufos! Outra amiga, espantada, fofocou:
- Não sei o que ela viu naquele rapaz!
- Imagino o que ela não viu! – argumentei.
Tornou-se moda tatuar o nome da paixão mais recente. Principalmente nos pés. Certa mocinha, acreditando que cada um de seus amores é eterno, já botou dois ou três. Até onde eu sei, é doloroso apagar uma tatuagem. Ela vai acrescentando. Dia desses, propus:
- Por que você não coloca em ordem alfabética?
Ela me respondeu com um olhar enraivecido, como se eu tivesse dito o maior absurdo do mundo:
- Nunca mais vou me apaixonar! Ele é tudo pra mim! – chispou.
Suspirei. Ah, a juventude! A continuar assim, nos próximos anos ficará igualzinha a uma lista telefônica.
Um rapaz, já trintão, tatuou a imagem do filhinho, ainda bebê. Não ficou lá essas coisas. Parecia um monstrinho! Se pintar um retrato sobre tela já é difícil, em cima de pele, piora! Mostrou, orgulhoso. Refleti:
- Quando ele crescer você vai acrescentar barba, bigode?
- Faço outra.
Vai acabar botando um álbum de retratos: o filho dando os primeiros passos, de bicicletinha, pegando o diploma...
Minha amiga Lalá não resistiu: pôs uma serpente no tornozelo.
- Depois quero uma borboleta no ombro!
- Se você engordar, a borboleta vai ficar parecendo uma gaivota! – argumentei.
Outro amigo, Markus, quis um dragão no antebraço. Enorme. Foram semanas sem poder tomar sol. Ficou lindo! Recentemente descobriu pelo horóscopo chinês que não deveria ter um dragão, mas um gato.
- Quem sabe se eu colocar umas orelhinhas no dragão fica parecido... - imaginou.
- Gato não solta fogo pela boca. Nem tem asas – lembrei.
Markus gemeu.
- E se eu fizer um gato correndo atrás do dragão?
Silenciei. Há momentos em que o melhor a fazer é fechar o bico. Antes que ele acabe com um zoológico inteiro!
Não desisti de minha própria tatuagem. Falei com um profissional. Meu segredo: também quero um dragão!
- Se eu engordar, o dragão também engorda? – perguntei.
O rapaz fez que sim:
- A pele vai esticar.
- Que graça tem um dragão barrigudo?
- Por que você não engorda tudo o que tem pra engordar e depois faz a tatuagem?
Observei o tatuador. Magérrimo. Gente magra não tem noção. Sempre é possível engordar mais um pouco.
- Se depois eu emagrecer, o que acontece?
- O dragão ficará enrugado.
Céus, quem quer um dragão enrugado?
- Por que não bota uma baleia de uma vez? – arriscou o tatuador.
Voei para longe. Todo o meu romantismo acabou. Lalá sugeriu:
- Faça com hena. Depois sai.
Recusei. Tatuagem é diferente. Dura pra sempre. Usar é como pertencer a uma tribo. Justamente por ser definitiva, resolvi esperar. Até ter certeza da escolha. Dragão, serpente, jacaré ou passarinho, a imagem vai me acompanhar por toda a vida.


Coesão e Coerência 

- Objeto do Discurso: a referenciação, da mesma forma que a progressão referencial, consiste na construção e reconstrução do objeto de discurso. (Dulcinéia)

- Retomada/Manutenção: - Anáfora: o objeto de discurso já referenciado no texto é reativado de modo que permaneça em foco. Esses referentes podem ser em qualquer tempo, modificados ou expandidos, e vão, no processo de compreensão pelo leitor ou ouvinte, ativando na sua memória uma representação - que pode ser muito complexa - pelo acréscimo de novas categorizações, em relação ao referente. (Dulcinéia)
-Catáfora: O título do texto, “Corpos Pintados”, vai progredindo no texto, tomando várias outras formas. (Dulcinéia)

- Desfocalização: retirada do objeto de discurso do foco – que permanece ativado parcialmente - com a introdução de um novo objeto que passa a ocupar (temporariamente) a posição do objeto principal o qual permanece disponível para, imediatamente, ser utilizado assim que necessário. (Dulcinéia)
- Nominalização: As formas de expressão utilizadas pelo autor, que remetem ao objeto de discurso são:
- tapete persa
- lista telefônica
- parecia um monstrinho
- álbum de retratos
- parecendo uma gaivota
- fechar o bico
- zoológico inteiro -  Vilmar

- Recategorização: As recategorizações são quaisquer palavras ou expressões que modifiquem o estatuto de um objeto-de-discurso.
No texto identificamos as recategorizações de tatuagem (objeto de discurso) justamente nos encapsulamentos, onde o autor modifica o significado de tapete persa, lista telefônica, álbum de retratos e zoológico. Nesse contexto, essas expressões passam a ser sinônimos de tatuagem. - Jacqueline

- Encapsulamento – Rotular; Os encapsulamentos sumarizam informações contidas em seguimentos, encapsulando-as sob a forma de uma expressão nominal.
Conseguimos identificar quatro encapsulamentos no texto:
“seu corpo é inteiramente coberto por arabescos. [...] São dragões, sóis, luas, âncoras, símbolos tribais, letras exóticas. Ele parece um tapete persa!”
“Tornou-se moda tatuar o nome da paixão mais recente. [...] Certa mocinha, acreditando que cada um de seus amores é eterno, já botou dois ou três. [...] A continuar assim, nos próximos anos ficará igualzinha a uma lista telefônica.”
“Um rapaz, já trintão, tatuou a imagem do filhinho, ainda bebê. [...] 
- Quando ele crescer, você vai acrescentar barba, bigode?
- Faço outra.
Vai acabar botando um álbum de retratos.”
“Outro amigo, Markus, quis um dragão no antebraço. [...] Recentemente, descobriu. Pelo horóscopo chinês, não deveria ter dragão. Mas um gato. [...] 
- E se eu fizer um gato correndo atrás do dragão?
Silenciei. Há momentos em que o melhor é fechar o bico. Antes que ele acabe com um zoológico inteiro!”

Tapete persa, lista telefônica, álbum de retratos e zoológico são encapsulamentos pois eles sumarizam, unificam várias informações em um único termo. - Jacqueline

Definição de Hiperônimo e Hipônimo: são termos de um mesmo campo de sentido, em que um deles designa o gênero e o outro, a espécie. (Leandro)

- Hiperônimo: O hiperônimo encontrado no texto é: Zoológico

- Hipônimo: Os hipônimos encontrados no texto são: dragão, borboleta, serpente, gaivota, gato, baleia, jacaré e passarinho.

- Metaenunciação:
- O pensamento do personagem em fazer uma tatuagem: “Ando pensando em fazer uma tatuagem”. 
- O questionamento a respeito da pele sem tatuagem. 
- O fato de questionar as tatuagens existentes e o que leva as pessoas a fazerem determinados desenhos.
- As mudanças no corpo, que podem ou não, afetar os desenhos.
- o fato de a tatuagem ser algo definitivo implica diretamente na escolha de um desenho que o leve a fazer parte de determinada tribo, em ser aceito: “Usar é como pertencer a uma tribo.” (Andrea)

Definição de Anáfora didática definidora: são os elementos previamente introduzidos, e o definiens (definição) é aportado pela forma anafórica. Esta pode vir acompanhada de expressões características da definição, como um tipo de, uma espécie de etc. (Leandro)
.
- Anáfora didática definidora: a anáfora didática definidora encontrada no texto é: “... seu corpo é inteiramente coberto de arabesco”, que se remete a questão de “... desenhos estampados no corpo...” que o faz remeter a um tapete persa. ”... ele parece um tapete persa...”.


Vanguarda Européia - Expressionismo - Letras Integradas

Atividade de Letras Integradas.

Andrea Vasconcelos de Oliveira RA C270EA8
Dulcinéia Ferrari Ra C238FJ8
Vilmar de Andrade Xavier RA T 702461


Vanguarda Européia - Expressionismo

Início Alemanha 1905.

Proposta do movimento:
- Cores intensas, simbólicas
- Imagens sugestivas
- Deformação da realidade
- Mostra seus aspectos hediondos, terríveis e dolorosos
- Valorização dos conteúdos subjetivos da expressão
- o estado psicológico e os valores humanos
- denúncias sociais.
O termo expressionismo tem sentido histórico preciso ao designar uma tendência da arte europeia moderna, enraizada em solo alemão, entre 1905 e 1914. A noção, empregada pela primeira vez em 1911 na revista Der Sturm [A Tempestade], mais importante órgão do movimento, marca oposição ao impressionismo francês. À ideia de registro da natureza por meio de sensações visuais imediatas, cara aos impressionistas, o expressionismo contrapõe a expressão que se projeta do artista para a realidade, distante das paisagens luminosas de Claude Monet (1840-1926), ou de uma concepção de arte ligada à mente, e não apenas ao olhar, como quer Paul Cézanne (1839-1906). Para os expressionistas, arte liga-se à ação, muitas vezes violenta, através da qual a imagem é criada, com o auxílio de cores fortes -  que rejeitam a verossimilhança - e de formas distorcidas. A afirmação do expressionismo se dá com o grupo Die Brücke [A Ponte], criado em 1905 em Dresden, contemporâneo ao fauvismo francês, no qual se inspira.

Formado por artistas como Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976), Erich Heckel (1883-1970), Emil Nolde (1867-1956), Ernst Barlach (1870-1938), entre outros, o grupo define objetivos e procedimentos que ficam, daí por diante, associados ao movimento alemão: o caráter de crítica social da arte; as figuras deformadas, cores contrastantes e pinceladas vigorosas que rejeitam todo tipo de comedimento; a retomada das artes gráficas, especialmente da xilogravura; o interesse pela arte primitiva. Essa poética encontra sua tradução em motivos retirados do cotidiano, nos quais se observam o acento dramático e algumas obsessões temáticas, por exemplo, o sexo e a morte.

A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão, em sua problematica do isolamento do homem frente à natureza, assim como na defesa de uma poética sensível à expressão do irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa matriz, o pós-impressionismo de Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903). Do primeiro, destacam-se a intensidade com que cria objetos e cenas, assim como o registro da emoção subjetiva em cores e linhas. Do segundo, um certo achatamento da forma, obtido com o auxílio da suspensão das sombras, o uso de grandes áreas de cor e atenção às culturas primitivas. O imaginário monstruoso do pintor belga Jame Ensor (1860-1949), suas máscaras e anjos decaídos, constitui outra referência importante. Assim como uma releitura do simbolismo, pelas possibilidades que abre à fantasia e ao universo onírico, embora os expressionistas descartem uma visão transcendente do simbólico e certo espiritualismo que rondam a linguagem simbolista. O pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944) é talvez a maior referência do expressionismo alemão.

A dramaturgia de Ibsen e Strindberg bem como as obras de Van Gogh e Gauguin marcam decisivamente os trabalhos de Munch, em sua ênfase no sentido trágico da vida. A famosa tela O Grito, 1893 - reproduzida dois anos depois em litografia -, fornece uma chave privilegiada de acesso ao seu universo. A pessoa de aspecto fantasmático, em primeiro plano, define um foco que arrasta todo o cenário. As linhas deformadas da figura expandem-se pelo entorno, que participa da angústia do grito, emitido por ela própria, segundo algumas leituras, ou pela natureza, de acordo com Munch em texto escrito para o quadro, publicado na Revue Blanche, em 1895: "Tornei-me consciente do infinito e vasto grito da natureza". A distorção da figura que grita - ou que abafa com as mãos o grito da natureza -, sobre a qual paira a imagem da morte, afasta qualquer idéia de beleza.

O expressionismo conhece desdobramentos em outros grupos na Alemanha, como o Der Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], de Franz Marc (1880-1916) e Wassily Kandinsky (1866-1944), criado em 1911, e considerado um dos pontos altos do movimento. Perseguido pelos nazistas em 1933 como "arte degenerada", o expressionismo é retomado após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), num contexto de crítica ao fascismo e de tematização dos horrores da guerra, cujo exemplo maior é Guernica, de Pablo Picasso (1881-1973).

Fora da Alemanha, manifestações de cunho expressionista aparecem na Bélgica e Holanda e dialogam, de modos diferentes, com o expressionismo alemão. Após os anos 1950, o expressionismo abstrato aparece como principal herdeiro do movimento nos Estados Unidos.

No Brasil, a produção dos anos de Anita Malfatti (1889-1964), em trabalhos como O Japonês, A Estudante Russa e A Boba, são reveladores de seu aprendizado expressionista. Augusto dos Anjos, com pouca ou nenhuma expressão à época. Ainda no contexto modernista, é possível lembrar a forte dicção expressionista de parte da obra Lasar Segall (1891-1957) e o expressionismo sui generis de Oswaldo Goeldi (1895-1961). Mais para frente, com as obras de Flávio de Carvalho (1899-1973), e com as pinturas de Iberê Camargo (1914-1994), percebem-se as possibilidades abertas pela sintaxe expressionista do país.

Principais artistas:
- Vincent Van Gogh,  O Homem Velho
- Evard Munch, o grito

Uma imagem fala mais que mil palavras, a subjetividade do autor deixa a subjetividade do interlocutor falar, também.

Literatura

Melancolia - August Stramm

Andar aspirar
Vida anseia
Estremecer estar
Olhares procuram
Morrer cresce
O chegar
Grita!
Profundamente
Nós
Emudecemos.

Bela juventude – Gottfried Benn

A boca de uma moça que há muito jazia em meio aos juncos
parecia toda roída.
Quando abriram o peito, o esôfago era só buracos.
Acabaram achando num recanto embaixo do diafragma
um ninho de ratos jovens.
Uma das irmãzinhas pequenas morrera.
Os outros viviam do fígado e dos rins,
bebiam sangue frio e tinham
passado ali uma bela juventude.
E bela e pronta foi também a morte deles:
foram jogados todos juntos na água.
Ah, como os focinhos guinchavam!

HOMO INFIMUS - AUGUSTO DOS ANJOS

Homem, carne sem luz, criatura cega,
Realidade geográfica infeliz,
O Universo calado te renega
E a tua própria boca te maldiz!

O nôumeno e o fenômeno, o alfa e o omega
Amarguram-te. Hebdômadas hostis
Passam... Teu coração se desagrega,
Sangram-te os olhos, e, entretanto, ris!

Fruto injustificável dentre os frutos,
Montão de estercorária argila preta,
Excrescência de terra singular.

Deixa a tua alegria aos seres brutos,
Porque, na superfície do planeta,
Tu só tens um direito: - o de chorar!
Eu e outras poesias, 1920