quinta-feira, 5 de novembro de 2015

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL

INTRODUÇÃO:
Essa webquest tem por objetivo demonstrar que podemos e devemos aprender a conviver com as diferenças. Que podemos ensinar e aprender juntos. Vamos começar acessando o site abaixo para entender melhor o tema: Educação Inclusiva no Brasil.

http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/11/ESCOLA-PARA-TODOS-PUBLICA%C3%87%C3%83O-DIGITAL-logo-governo.pdf

TAREFA
A tarefa consiste em formar grupos de estudos de no máximo 5 alunos e elaborar campanhas de inclusão de alunos com necessidades especiais como:
- a convivência com as diferenças no ambiente escolar,
- brincadeiras inclusivas,
- jogos, etc,



PROCESSO
Para que o objetivo seja atingido, será necessária uma melhor compreensão das necessidades dos portadores de necessidades especiais.
Abaixo links que podem servir como ponto de partida para a elaboração do projeto.

http://www.movimentodown.org.br

http://www.fundacaodorina.org.br


AVALIAÇÃO
A avaliação será feita através da observação dos seguintes aspectos;
- Criatividade na produção do material de campanha (cartazes, faixas, vídeos);
- Participação individual e interação com o grupo;
- Apresentação oral.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Prática de Morfossintaxe - Inez Sautcuk - resumo Capítulo 3

Capítulo 3 – Pratica de Morfossintaxe
O ESTUDO DA SINTAXE
A SINTAXE é a parte da gramática que se preocupa com todas as relações entre as unidades linguísticas no eixo sintagmático.Para que uma frase seja considerada como pertencente ou não pertencente à Língua Portuguesa a sequência de sua construção tem que ser permitida na língua. Essa permissão é dada pelas Leis sintáticas que autorizam ou recusam determinadas construções, preservando a identidade da língua e assegurando sua capacidade comunicativa.
O campo de atuação da sintaxe é no eixo sintagmático da língua, onde todas as relações entre palavras geram sintagmas e os sintagmas geram orações. É preciso distinguir o que se considera frase e oração. Frase é qualquer unidade linguística que pode constituir-se em uma única palavra (Choveu), uma interjeição (Onde?) ou em enunciados mais complexos (Hoje vai chover).
Oração é quando a frase contém em si todos os dados para a comunicação, se presta a análise sintática fora do seu contexto e exiba de maneira clara ou oculta um núcleo verbal. A oração reúne na maioria das vezes duas unidades significativas chamadas sujeito e predicado.
Os alunos atentos estudam as lições todos os dias antes do jantar.
Os alunos atentos estudam as lições todos os dias.
Os alunos atentos estudam as lições.
Os alunos atentos estudam.
Estudam.
Percebemos no exemplo acima como o verbo (núcleo da oração) é o único termo constituinte indispensável na oração. A frase já é capaz de “sobreviver” se retirada do contexto e ainda prestar-se à análise sintática de seus constituintes. Veja:
- Olá! (= frase)
- Tudo bem? (= frase)
- Tudo. (= frase)
- Você vai ao baile? (= frase e oração)
- Não. (= frase)
- Eu vou/porque sou um ótimo bailarino. (= frase e duas orações)
Percebe-se, então, que toda oração pode ser frase, mas nem toda frase pode ser oração. Todo enunciado que se comporta como oração é chamado de período,  que pode ser simples ou composto. Entende-se por período a oração que começa com letra maiúscula e termina com uma pontuação final.
A estrutura sintagmática do português possui uma hierarquia gramatical de unidades linguísticas (morfema, palavra, sintagma, frase, oração, texto), que são constituintes imediatos das frase/orações. Uma palavra qualquer analisada a partir de seus constituintes estruturais (os morfemas dependentes, ou seja, radical, desinências, prefixos etc.) em uma perspectiva vertical aceita apenas denominações quanto a sua classificação gramatical. Quando essa palavra se relaciona, se combina com outras palavras no eixo horizontal ela assume o status de sintagma.
Consideraremos Sintagma toda construção sintática que constitua um “bloco” significativo ou funcional, formado a partir de uma ou mais unidades linguísticas (a palavra) que pode “mover-se” no eixo horizontal.
Os sintagmas são formados por um só núcleo significativo, ou por ele e palavras circundantes como determinantes e/ou modificadores/intensificadores.
Exemplo:
Casa. Esta casa bonita.
Casa é o núcleo significativo, esta um determinante e bonita um modificador.
Essas unidades nucleares ou grupais desempenham as FUNÇÕES  SINTÁTICAS. O falante da língua não processa qualquer enunciado sílaba por sílaba, palavra por palavra, seja falando, lendo ou escrevendo. Ao processar enunciados escritos ele os divide em blocos significativos que podem, inclusive, mudar de posição no eixo sintagmático.
Observe:
Aqueles passarinhos fizeram seus ninhos em um galho de árvore.
              1                      v              2                            3
Poderíamos ter as seguintes possibilidades de reorganização desses blocos (sempre tomando o verbo como ponto de apoio):
• 3 + 2 + V + 1; Em um galho de árvore seus ninhos fizeram aqueles passarinhos,
• 3 + V + 2 + 1; Em um galho de árvore fizeram seus ninhos aqueles passarinhos,
• V + 3 + 2 + 1; Fizeram em um galho de árvore seus ninhos aqueles passarinhos,
• 2 + 1 + 3 + V; Seus ninhos aqueles passarinhos em um galho de árvore fizeram, etc.
Percebemos que na oração acima temos três sintagmas que se movem no eixo horizontal, em função do verbo - ponto de apoio -, de forma a propiciar variações de posições criando várias possibilidades de leitura. A combinação 2 + 1 + 3 + V, por exemplo, “soa” mal aos ouvidos do falante, dificultando seu entendimento porque se distancia de certo padrão linguístico em uso. A isso chamamos de força das leis sintáticas em uma língua.
Na oração:
Em certos dias enevoados, o sol de verão parece ficar muito fraco.”, destacando-se outra vez o núcleo verbal como referência, temos dois sintagmas anteriores a ele:
(a) em certos dias enevoados,
(b) o sol de verão, e um posterior a ele,
(c) muito fraco.
O sintagma o sol de verão tem por núcleo o substantivo sol, e o sintagma muito fraco tem por núcleo o adjetivo fraco. Por isso, dizemos que o sol de verão é um sintagma nominal, pois tem como base uma palavra substantiva, e que muito fraco é um sintagma adjetival, pois sua base nuclear é um adjetivo. Já o sintagma em certos dias enevoados tem uma configuração diferente, ou seja, é formado por uma preposição e um sintagma nominal. Esse é o caso dos sintagmas preposicionados, que poderiam ser representados pela seguinte fórmula: SP = preposição + SN.
Tipos de sintagmas:
O SINTAGMA NOMINAL (SN) é uma unidade significativa da oração que sempre terá como núcleo uma palavra de natureza (ou base) morfológica substantiva, podendo vir circundado por determinantes e/ou modificadores nominais. As possibilidades de combinações são infinitas. Veja:
- este meu anel de ouro branco,
- aquele anel dourado,
- anel caro demais,
- nenhum anel com gravação dourada,
- este meu anel com gravação dourada.

Observe como os modificadores do núcleo substantivo (anel) de um sintagma nominal podem ser eles mesmos um sintagma adjetival, caro demais, ou um sintagma preposicionado, de ouro branco, com gravação dourada.

O SINTAGMA ADJETIVAL (SA) tem como núcleo um adjetivo que, assim como o sintagma nominal, pode ser constituído apenas por esse adjetivo ou circundado por outros elementos, como advérbios intensificadores, modificadores adverbiais ou sintagmas preposicionados. Observe, respectivamente:
- Estes anéis são caros demais. (adj. + intensif.)
- Ela se mostrou surpreendentemente honesta. (modif. adv. + adj.)
- Andar pode ser favorável à saúde. (adj. + sintag. prepos.)

O SINTAGMA PREPOSICIONADO (SP), como já dito, constitui-se de preposição + sintagma nominal. Esse tipo de sintagma pode articular-se a um substantivo, a um adjetivo, ou a um verbo. Em:
- Os pássaros de topetes azuis constroem seus ninhos no alto das montanhas, temos dois sintagmas preposicionados:
(a) de topetes azuis: (que se articula com pássaros)
(b) no alto das montanhas (que se articula com o verbo constroem)
Internamente ao sintagma (b), temos um outro SP:
(c) das montanhas (formado por de + as montanhas e articulado ao termo anterior alto).
- Os cidadãos honestos precisam do auxílio da polícia, temos um primeiro SP, do auxílio da polícia (de + auxílio da polícia) e, internamente a este, da polícia (de + a polícia). Também é possível que um SP se prenda a um adjetivo - favorável á saúde (a+a saúde) - e, em alguns casos, que também se articule até mesmo a um advérbio, por exemplo, favoravelmente à saúde. Os sintagmas podem se comportar como autônomos ou internos.
SINTAGMAS AUTÔNOMOS se movimentam sozinhos no eixo sintagmático, ocupando diferentes posições e constituindo-se, até mesmo, de outros SINTAGMAS INTERNOS, que por sua vez, estão contidos nos sintagmas autônomos, não tendo liberdade de se movimentar além do limite do sintagma que os contém porque se fixam às palavras anteriores, constituintes de outros sintagmas. Na oração “como o ódio é muito prejudicial à saúde”, veja o que ocorreria se dividíssemos o sintagma muito prejudicial à saúde em dois, considerando-os autônomos:
- o ódio é muito prejudicial à saúde
O sintagma à saúde não é autônomo, pois não se articula ao verbo ser, o que geraria uma frase sem sentido, como “o ódio é à saúde”. Esse sintagma prende-se ao termo prejudicial e é com ele que se forma o sintagma completo: muito prejudicial à saúde (este, sim, um sintagma adjetival autônomo).
Veja o que ocorre em outra oração:
- As flores nascem mais bonitas na primavera.
Os dois sintagmas à direita do verbo são autônomos porque podem articular-se sozinhos ao verbo: as flores nascem mais bonitas e as flores nascem na primavera. Os sintagmas autônomos se movimentam no eixo sintagmático e podem ser substituídos, de maneira prática, pelos pronomes retos ele(s)/ela(s) quando se tratar de substantivos ou SN; o advérbio lá pode ser por um sintagma preposicionado circunstancial de lugar; o advérbio assim, de um circunstancial de modo etc. Assim:
- Seu antigo colega de faculdade/ assinava/ revistas de cultura geral/ com interesse./ [=/Ele/ assinava-/as /assim/ ou /Ele/ assinava/ isso/ assim./]
- /Pessoas que têm muito dinheiro/ vivem/ em casas com muito mármore./ (= /Elas/ vivem/lá/ ou/ Elas/ vivem/ nelas./).
SINTAGMA ADVERBIAL tem como núcleo um advérbio, ainda que essa nomenclatura geralmente não seja usada. Eles podem sozinhos constituir o sintagma (cedo; lentamente) ou vir acompanhados por intensificador (muito cedo) ou modificador (dolorosamente cedo), semelhantemente aos sintagmas adjetivais. Funções adverbiais (como modificadores circunstanciais) também podem ser exercidas pelos sintagmas preposicionados, por apresentarem as mesmas características morfossintáticas e, inclusive, semânticas de um advérbio, como nas construções: a chuva cai cedo, a chuva cai de manhã, e a chuva cai à mesma hora.
SINTAGMA VERBAL é um dos elementos básicos da oração. Ele tem o verbo ou a locução verbal como núcleo, e pode constituir-se apenas por esse núcleo ou apresentar diversas configurações, quando acompanhado de outros tipos de sintagmas. É o que temos a seguir:
- As crianças adormeceram,
- O professor perdeu as provas dos alunos,
- Todos podem precisar de mais dinheiro,
- Os amigos enviaram condolências à família.
No eixo sintagmático, apenas o sintagma verbal não pode deixar de figurar em uma oração e vai exercer sempre a mesma função, a de predicado. Na linha horizontal, dependendo das relações e das posições que ocuparem, os demais tipos de sintagma poderão exercer funções diversas. Apenas o sintagma adverbial, com núcleo advérbio, terá também uma função sintática fixa: a de adjunto adverbial.
Decompondo os sintagmas.
Para facilitar a compreensão de fatos semânticos e o domínio da própria estrutura da língua uma estratégia bem prática para a decomposição de sintagmas é tomar o núcleo verbal da oração como ponto de referência ou de apoio. Visualize a decomposição:

- Todos aqueles brinquedos de cores alegres sumiram do quarto dos fundos.
                          Sintagma Nominal                                      Verbo         Sintagma Preposicionado

- Todos aqueles     brinquedos      de cores alegres
      Pré det. + det.               Núcleo subst.          Sint. Prep.

- de   cores alegres
  Prep.       Sint. Nom.

- cores              alegres
Núcleo subst.             Mod. Adj.

- de        o quarto dos fundos
  Prep.                     Sint. Nom.

- o   quarto          dos fundos
Det.    Núcleo subst.        Sint. Prep.

- De    os fundos
 Prep.        Sint. Nom.

- Os      fundos
  Det.         Núcleo subst.

Para sabermos a extensão de um sintagma, basta perceber a relação de dependência que existe entre seus componentes e observar também que os  sintagmas, quando autônomos, podem ser substituídos por um termo próprio para isso - as proformas (um pronome reto, um demonstrativo neutro, por exemplo, ou um adjetivo). Perceba:
- O parecer da comissão de senadores foi desfavorável à aprovação do projeto.
(Ele foi interessante.).
O sintagma o parecer da comissão de senadores, à esquerda do verbo, equivale por inteiro, a um pronome ele ou isso, por exemplo. Observe que existe uma relação de dependência entre o primeiro sintagma preposicionado da comissão de senadores e o substantivo anterior parecer, e do segundo sintagma de senadores ao substantivo comissão. Se retirarmos o termo comissão, o sintagma de senadores não terá a que se prender, pois não poderia articular-se à palavra parecer, uma vez que não é a ela que atribui uma característica, mas a comissão. O que temos no primeiro sintagma é exatamente isto:
- o parecer da comissão de senadores (sintagma - autônomo = ele/isso)
- da comissão de senadores (sintagma - interno)
- de senadores (sintagma - interno).
O segundo sintagma, à direita do verbo: desfavorável à aprovação do projeto, é um sintagma autônomo, ou seja, pode se movimentar por inteiro no eixo sintagmático. À aprovação do projeto é dependente do termo anterior desfavorável e não do verbo foi, constituindo, assim, um sintagma interno. O sintagma do projeto, por sua vez, é outro sintagma preposicionado interno, preso à palavra anterior (aprovação) do outro sintagma preposicionado. É como se tivéssemos um sintagma menor dentro de outro maior e assim por diante. Observe:
- desfavorável à aprovação do projeto (1 ° sintagma - autônomo)
- à aprovação do projeto- (2° sintagma - interno)
- do projeto (3° sintagma - interno)
Dessa maneira, fica evidente que o sintagma do projeto não se articula ao núcleo adjetivo desfavorável e muito menos ao verbo, mas ao substantivo aprovação, completando-lhe o sentido.